Há um ano, quando o meu marido já estava a viver na Suíça e eu ainda estava em Portugal, eu ficava doente quando voltava a casa. Eu ia ter com ele uma vez por mês e sempre que voltava a Portugal, uma semana depois ficava doente com uma mistura de constipação-gripe-laringite. Eu dizia a brincar que eram saudades. Aquilo que vai ler a seguir vai ajudar a entender porque é que isso me acontecia.
Decidi escrever isto nesta altura porque há uns dias que oiço os media falarem sobre o pico da gripe em Portugal e que este ano o vírus é o mais perigoso de todos. Quando se ouve algo assim é inevitável o receio.
Fiquei a pensar no que poderemos fazer para a prevenir além do que a medicina nos diz. Como já devem saber eu acredito que há uma forte e inseparável relação entre a mente e o corpo. Mais do que uma crença, os estudos científicos já o comprovam como descrevi no post O Poder da Mente sobre o Corpo.
O medo antes do contágio…
Comecei por procurar a possível causa metafísica da gripe no livro “Pode curar a sua Vida” da Louise Hay. O que encontrei foi surpreendente: “Reacção a uma negatividade maciça e a convicções. Medo. Crença em estatísticas.”
Realmente nunca entendi bem o excesso de alertas que existe sobre os picos de gripe. Entendo que haja alertas para sintomas, mas predizer que o pico da gripe é daqui a xx dias e insistir veementemente mais nisto do que em prevenção deixa-me sempre a refletir na importância de, nesta e noutras situações, não nos deixarmos “contagiar” através dos media.
Sempre que penso numa doença ou sintoma há duas perguntas que coloco. Que partes do corpo são afectadas e que funções têm essas partes do corpo. Se não sei, procuro (viva a internet!)
No caso da gripe as partes afectadas são o sistema imunitário (com a entrada de um vírus) e, consequentemente, as vias respiratórias.
Quando te sentes só…
Resumidamente, no livro “Tudo está bem” escrito recentemente pela Louise Hay com a Dra. Mona Lisa Schulz escrevem que o centro emocional associado ao sistema imunitário depende do sentimento de segurança que o mundo lhe proporciona. A falta de sensação de segurança seja da parte da família com dos amigos pode traduzir-se em sintomas físicos ao nível do sangue, sistema imunitário, ossos, articulações e pele. Diz ela que o segredo para manter este centro saudável é equilibrar as suas necessidades com as dos grupos sociais que são importantes para si.” E que não deverá permitir que as necessidades desses grupos (família, amigos, trabalho, organização a que esteja ligad@) se sobreponham às suas. Quando o que recebe das actividades e relações a que se dedica não é o que precisa, o corpo e a mente começam a dar sinais. Podem começar de forma subtil e vão-se agravando.
Diz ainda que a localização do sintoma depende da origem do sentimento de insegurança. No caso do sistema imunológico prende-se com sentimentos de solidão absoluta e de isolamento face à família. Apresenta estudos que corroboram que a interacção social desempenha um papel vital na regulação diária do nosso organismo. A interacção social desempenha um papel vital na regulação diária do nosso organismo. Ao isolar-se uma pessoa afasta os reguladores metabólicos presentes na interacção com um grupo, e o seu biorritmo – aparentemente toda a sua vida- fica virada de pernas para o ar, o que afecta a saúde do primeiro centro emocional.
Ter uma extensa rede de apoio social cria um sistema imunitário mais forte. Quanto mais e melhores relacionamentos tiver, mais e melhores leucócitos que @ ajudam a resistir às infecções e @ protegem de muitas ameaças à saúde. A interação social contribui também para diminuir a medicação necessária e acelerar a recuperação dos doentes.
O mais interessante é haver estudos que revelam que pessoas com 3 ou menos relacionamentos pessoais constipam-se mais e estão mais susceptíveis a viroses. Por seu lado as que têm 6 ou mais relacionamentos raramente adoecem e quando se constipam têm sintomas mais ligeiros.
Por isso a lógica de que ter mais amigos nos deixa mais expostos a micróbios e a mais doenças não prevalece. Pensa-se que quando estamos mais sozinhos temos mais sentimentos de desamparo o que aumenta os níveis de stress que iniciam um processo que leva à supressão do sistema imunitário.
A Dra. Mona Lisa Schulz refere ainda que as pessoas que ficam engripadas com frequência tendem a reagir à negatividade maciça.
É por isso necessário libertarmo-nos das crenças colectivas e do calendário. Libertarmo-nos dos condicionamentos e influências dos media e das estatísticas. Abrirmo-nos à ideia de que é possível sermos saudáveis o que quer que aconteça fora de nós.
Analise também o seu comportamento quotidiano. Analise se se está a isolar dos outros, se se sente incompreendido. Identifique @ que o faz sentir-se rejeitad@, criticado@ ou julgad@. Tente ver o que origina esses comportamentos dos outros e porque reage assim perante eles. Crie uma distância emocional e analise para lá do imediato.
A Dra. Mona Lisa Schulz escreve: A função dos glóbulos brancos, que expulsam e afastam corpos estranhos, é a mesma que gera este comportamento e, por isso, trabalhar a tolerância emocional traduz-se no aumento da tolerância física – ou seja do fortalecimento do sistema imunitário.
Socializar mais será também importante. Não precisa de ser a rainha/o rei da festa, mas ter alguma interacção social (em colectivo) semanalmente é importante, em especial se for a fazer algo que lhe dê prazer e bem-estar.
Quando não há equilíbrio no sentir…
No que se referem às consequências respiratórias da gripe estão focadas no 4º centro emocional, segundo o livro “Tudo Está bem” que concentra os pulmões, o coração e a mama. No fundo é a gestão do equilíbrio entre “dar e receber”, aprender a expressar as suas necessidades e emoções tendo em consideração as necessidades e emoções dos outros.
Quando estamos mais susceptíveis às emoções alheias, como a raiva, irritabilidade e tristeza, ficamos mais propensos a crises de asma, constipações, gripe ou outros problemas respiratórios. Também a repressão das nossas emoções pode originar uma fragilidade nesta área.
Por isso, encontrar o equilíbrio entre dar e receber e expressar as suas emoções (todas!) de forma saudável e equilibrada. Aprender a equilibrar as emoções com as necessidades das pessoas que consigo partilham a vida é a chave para que este 4º centro emocional esteja equilibrado.
Olhando para todas estas explicações ( aqui muito resumidas), eu percebi que ficava doente quando regressava a Portugal porque tinha ouvido que em Janeiro e Fevereiro havia um pico de gripe (e eu andava em aviões fechados, cheios de gente) e porque me afastava da pessoa mais importante da minha vida. Além disso não podia expressar as minhas emoções como gostaria para não tornar a vida mais difícil para ele. Na verdade sempre que estava a melhorar, piorava. E só passou efectivamente quando fiz uns exercícios que conectam a emoção à voz com a Inês Vilhena da Aaleahya O Poder da tua Voz. Assim pude dar voz às minhas emoções de forma terapêutica e curar mais do que a voz, o meu coração.
Deixo-lhe na imagem algumas afirmações que pode começar a dizer a si mesm@, idealmente ao espelho olhando-se nos olhos (se parecer estranho, insista, vai ver que se torna mais fácil). Podem ser preventivas ou usá-las para ajudar o seu corpo a curar-se.
Se tiver alguma questão coloque em comentário que eu responderei logo que possível.
Tudo está bem.
NOTA IMPORTANTE: Pessoalmente eu aconselho sempre que se procure o acompanhamento médico. O que ensino aqui é que TODOS nós podemos ter um papel activo ao nível físico, mental e emocional não só na nossa cura, mas em especial na manutenção de uma saúde física e mental equilibrada.
Grata por iluminar este planeta com a luz da sua presença. Grata pela partilha.
Grata, querida Manuela
Querida Cláudia,
Muito obrigada pela mensagem. Se intuitivamente sentia que esta gripe (como nunca me aconteceu) estava intrinsecamente ligada ao meu campo emocional, agora tenho a resposta cabal através da sua mensagem, que veio em jeito de alerta…por onde começar?…
Querida Graciela
As respostas estão no próprio texto. Tem lá várias dicas do que fazer. Além da medicação, claro.